segunda-feira, 10 de novembro de 2014

POEMA, POR: NONATO BERTOLDO

Raimundo Bertoldo (In Memoriam)

MEU GRANDE HOMEM
Quando nas madrugadas 
Ele sempre me acordava
Eu já ouvia suas pisadas
Em seguida eu levantava

Depois o meu pai pegava
O revólver e ia pra canoa
Em seguida me chamava
Para eu empurrar a proa

Depois voltava correndo
Ele seguia a sua jornada
Eu ficava, mas querendo
Seguir aquela cavalgada

Bem tardinha ele voltava
Cada proa os dois feixes
Que no momento puxava
Um cambo com os peixes

Eu sempre levava o peixe
E ele com feixe de capim
Depois pegava outro feixe
E o resto ficava para mim

Esse homem era decente
Vestido com roupa caqui
Era um orgulho pra gente
Meu herói, o meu craque

Nonato Bertoldo

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