sexta-feira, 1 de junho de 2012

ROBERTO LIVINO



Roberto Livino é João Roberto Neto, técnico agrícola, natural de Lavras da Mangueiras, município que faz limite com o Icó, onde nasceu em 1968. Veio residir em Lima Campos em 1974.
Entrando nos quarenta anos de idade, Roberto Levino não trocaria Lima Campos pelo modo de vida das grandes cidades. Acha que a vida nos pequenos lugares é mais satisfatória.

" É você sentar na calçada, é você passar por alguém  e dar um bom dia, é dar um aperto de mão. Chegar num restaurante e dar um abraço, porque aqui ali, todo mundo , todo mundo é orgulhoso, é orgulhoso no sentido de também ser visto, é muito bom quando alguém chega:" tudo bem Roberto? Como você tá? você se sente prazeroso e retribui".

Roberto  Levino diz que desfrutou, em Lima Campos, de uma infância feliz, com brincadeiras simples, que não custavam nada, brincadeiras ao lado de outras crianças.
E para a meninada não faltava diversão.Era corrida de jumentos, era jogos de pião, bila e bola.
Até os drenos da irrigação serviam par aos banhos da meninada, embora essa brincadeira fosse proibida pelo o DNOCS, o que fazia a brincadeira ser mais gostosa.
De janeiro até março, epóca das chuvas, se brincava de pião.
Chegando abril, parecia coisa determinada, aparecia um menino com baladeira e de repente todos brincavam de baladeira pelos os matos, até chegar o tempo das bombas de são joão, época das fogueiras.
Quando Roberto Livino veio residir em Lima Campos em 1974, soube que fazia quarenta anos que havia peixada.
Nas conversas que ouviu dos mais antigos, ele soube que no rio São João, que era chamado de Vocoró, existia umas barragens de terra batida que juntava água no período da seca.
E que nessas águas pequenas lagoas, se concentrava muito peixe, peixe que serviu para mitigar a fome de muitos que trabalhavam na contrução do açude.
Nos acampamentos de cassacos, estes começaram a fazer peixadas rústicas, fazendo o pirão de farinha de mandioca para melhorar.
Ainda na infância e juventude, conversando com os antigos, ele teve notícias de outras peixadas, mais antigas, da década de 1950 pelo o conhecimento dele.

...Ainda têm decendentes deles(dos primeiros donos de peixadas) aqui, como Seu Adauto Cosmo,que o pai dele foi um dos donos.
O Seu Figueiredo que ainda tem filhos dele aqui, que por sinal eles ainda fazem a peixada, mas só em casa relembrando o passado...


Extraído do livro: Bem Vindo ao Reino do Louro e da Peixada. (José Mapurunga)

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