terça-feira, 5 de junho de 2012

REPÓRTER, DEUSIMAR OLIVEIRA



Quando dona Adelaide, Teté, chegou a Lima Campos, em 1965, o técnico agrícola se fez comunicador de rádio, Deusimar Oliveira, era menino de dois anos que brincava entre o açude e as ruas do povoado.
Ele nasceu em Lima Campos a 22 de junho de 1963, onde vive até hoje. É um apaixonado pelo o lugar onde nasceu.

" ... É muito bom, é meu lugar, um lugar que gostamos muito, somos filhos de Lima Campos e aqui é um lugar popular, um lugar que recebe muitos turistas".

Suas recordações de infância e juventude são esparsas. Lembra do comércio do Chico Limeira, onde se comprava alimentos no retalho e panos para confeccionar, em casa as roupas de vestir.
Lembra dos muitos pescadores e dos agricultores que trabalhavam no perímetro irrigado Icó - Lima Campos.
Lembra da peixada do Beto Loiola, sempre repleta de fregueses, lembra das tertúlias improvisadas com radiola, onde ele dançava ao som de músicas românticas dos "Pholhas" e " Fevers" e do sanfoneiro residente em Lima Campos seu Milton, que hoje mora em Iguatu e tem seis filhos soldados.
Lembra dos filmes e das festas no Cine Hotel, que um tempo fizeram a alegria dos moradores, por dever de ofício informa que hoje o prédio onde funcionava o Cine Hotel está entregue ao vandalismo.

"... Nos anos 78 funcionava ainda, ai depois se acabou. Também tinhamos aqui uma cooperativa, muito maravilhosa, uma cooperativa. Fica próximo ao cemitério de Lima campos, pra quem vai pra aproximações de Orós.
Lá foi também abandonado, foi desprezado e o vandalismo tomou conta."

Vivências profundas, que fazem Deusimar conhecer de perto as pessoas a quem dedica músicas e envia recados pelo o rádio, sejam elas moradores da "rua" ou da zona rural do distrito.
Essas vivências o transformam em porta-voz dos problemas e anseios que as pessoas sentem e denunciam.
E porta-voz do orgulho limacampense e da sua peixada famosa.

"... A peixada surgiu desde a fundação do açude, quando começou o Lima Campos era Estreito, ai  desde a fundação do açude começou a história da peixada. O nosso distrito é conhecido no Rio de Janeiro, em todos os países do mundo como a terra da peixada.
Então, onde você chega ai, tanto faz a peixada do Xixico com a peixada do Zeca. Tudo é uma coisa só."

Extraído do livro: Bem Vindo ao Reino do Louro e da Peixada. ( José Mapurunga)


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